quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As redes sociais e o jornalismo




O público presente no Beco nesta edição do Social Media Day tinha um número expressivo de jornalistas. Todos eles estavam interessados em ouvir os palestrantes também jornalistas, Marcelo Träsel, Bárbara Nieckel e Ana Brambilla, que falaram um pouco do que está sendo feito em mídias sociais na prática nos veículos de comunicação.


 


O professor da Famecos Marcelo Träsel insistiu na questão da inclusão digital e afirmou que o jornal na versão em papel em breve será extinto, para dar lugar a sua versão online, uma nova atitude que vem ocorrendo gradativamente. Inclusive um dos exemplos que foram citados na palestra e é um caso emblemático é o Jornal do Brasil, que decidiu não produzir mais jornais de papel e se dedicar somente à versão online. Träsel citou várias vantagens nessa troca, como a economia de dinheiro, a preservação da natureza e também pela questão do conteúdo: na internet podemos ampliar nosso repertório de fonte de informação e não ficar somente restrito ao nosso universo local.







A Bárbara Nickel falou de sua experiência como editora de mídias sociais da RBS e de como a empresa utiliza dos recursos dessas ferramentas para interagir com o público e também para disponibilizar matérias mais elaboradas. Ela citou o caso da série especial "52 histórias", que conta com a execução do jornalista Nilson Mariano, em que se busca o desdobramento, muito tempo depois, das histórias que já foram retratadas pelo jornal Zero Hora. As matérias estão todas disponíveis pelo Facebook, e com isso se possibilita, além do leitor poder acessar aquele conteúdo, também que o universo de leitores se amplie cada vez mais.



"As Redes Sociais são espaços públicos de conversação." Bárbara Nieckel






Ana Brambilla mostrou o trabalho de redes sociais que o Terra realiza, e é realmente muito interessante. Ela citou alguns conceitos que ela e sua equipe buscam seguir no trabalho que está sendo realizado por lá. Para ela antes de tudo é preciso humanizar a informação, se inserir no contexto, monitorar as redes sociais e o que está sendo falado por aí, integrar as mídias, e sobretudo dialogar com quem consume a informação. Hoje em dia o espectador/leitor/ouvinte deixou de ter uma postura passiva para participar ativamente da construção da notícia, a chamada interatividade e também o que a Ana definiu como o jornalismo cidadão. Com o acesso fácil a celulares com câmera e smartphones, por exemplo, todo mundo consegue produzir conteúdo e notícia, um novo fenômeno para o qual os jornalistas devem estar atentos.


"Não importa aonde a pessoa esteja, o conteúdo sempre tem que ser de qualidade."Ana Brambilla


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