Li em matéria no site Comunique-se, que houve na última quinta-feira um encontro entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e representantes de entidades de comunicação, a FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas, o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo. O objetivo é discutir a criação do grupo de trabalho sobre diretrizes curriculares para os cursos de jornalismo.
Acho esta iniciativa um avanço significativo para qualificar nossa profissão, pois os cursos de jornalismo carecem de um planejamento estratégico, com um pensamento mais global e mais responsável. A faculdade de jornalismo que eu frequentei tinha uma estrutura relativamente boa em termos técnicos, embora precisasse de muito mais investimento se tivesse que suprir a necessidade real de seus alunos, mas o que mais senti falta foi a ponte entre o meio acadêmico e o ambiente profissional, pouca preparação para o mercado, pouca orientação, e pricipalmente a parte teórica é fraca e superficial. Se discute muito pouco comunicação, seu processo, sua importância, sua responsabilidade e impacto na sociedade. Opinião pública, audiência, sensacionalismo, lei de imprensa, tudo isso é passado de forma muito subjetiva e ninguém se aprofunda muito, até porque não sabem. Conceitos básicos como pirâmide invertida, lead, meio quente e frio, muitas vezes são palavras confusas ditas por pessoas que querem se exibir. Eu por acaso não tive expressão corporal, retórica, a cadeira de administração jornalística foi péssima, acho ainda que tinha que ter teatro, expressão vocal, cultura mundial...

É muito importante que a faculdade seja uma grande bagagem de conhecimento, seja uma experiência que nos faça pensar e discutir, não só meramente uma busca por um diploma, pois não foi isso que me fez prestar vestibular para a puc em 1997 e me formar em 2003. Fiquei bastante na faculdade, mas só assim vivenciei todas as experiências que pude e amadureci, me tornei a adulta que sou hoje. Sou totalmente a favor daquele modelo mais college, com o aluno passando o seu dia no campus, se aprimorando. Mas para isso nossas faculdades deveriam dar a estrutura necessária, até porque cobram bem caro para isso. Mesmo com um currículo defasado e pobre, eu não fiquei parada, li muito, fui atrás dos professores que tinham algo a me oferecer e fiz uma ótima faculdade, não tenho nada do que reclamar.
Um comentário:
quem pode mim responder; gostaria de noticias sobre os cursos de tecnologo, por que nao aceitos no mercado de trabalho e tambem por que nao se inclui em uma norma regulamentadora. no entanto o mec lança mais cursos da categoria.o mercado de trabalho rejeita este proficional por nao ser regulamentado. sem mais gostaria de esclarecimentos . obrigado.
dsssantana123@hotmail.com
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