
Certo dia, faz pouco tempo, li que uma moça foi atropelada na Avenida Paulista, por um ônibus. Morreu na hora. Márcia Regina de Andrade Prado tinha 40 anos e era radical na causa de trocar carros por bikes - muito pertinente para quem mora em São Paulo. Seus companheiros de passeios ciclísticos fizeram um protesto para homenageá-la, uma passeata no local aonde ela morreu. Carregavam uma bicicleta vazia, sem condutor, toda pintada de branco, chamada ghostbike. Essa prática é conhecida mundialmente por quem é ciclista e costuma ser feita toda vez que um biker vira vítima desse trânsito louco.
Embora o motorista do ônibus tenha ficado arrasado com o fato de ter tirado a vida da moça, ele que causou sua morte, pois ao tentar ultrapassá-la, bateu em seu guidom, fazendo com ela perdesse o controle da bicicleta e fosse parar embaixo do ônibus. Se os motoristas tivessem uma consciência mais humanitária, de proteger a pessoa, em vez de valorizar a pressa; e se tivesse ciclovias bem demarcadas, tragédias como as de Márcia não aconteceriam mais.
Só que não existem somente ciclistas na rua. Existem pedestres, existem bichinhos que às vezes querem atravessar a rua e não entendem a lógica desordenada e frenética do trânsito. As pessoas estão cada vez mais loucas dirigindo, não entendem que, como tudo na vida, para se dirigir um carro é preciso bom senso, responsabilidade e prudência.
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