Os jornalistas são uma parcela muito importante da sociedade, não somente porque prestam o serviço de informar, mas também porque atuam como agente fiscalizadores das instituições que nos regem, denunciam injustiças, divulgam fatos curiosos e principalmente contribuem para a discussão de temas importantes perante à opinião pública.
Por isso é cada vez mais importante que o jornalista seja um profissional capacitado, que tenha uma formação superior e, que procure um aprimoramento cada vez mais intenso. Um jornalista deve estar constantemente atualizado sobre o mundo que o cerca, utilizando os próprios meios de comunicação como uma ferramenta de trabalho. E mais que isso, cabe ao jornalista estimular aos consumidores de informação a pensar, refletir, questionar. É uma função de muita responsabilidade.
É exatamente por ter um papel tão importante, que infelizmente o jornalista muitas vezes é subjulgado, sofre com estereótipos e é tratado como um intruso; muitas vezes estranhamente por quem se beneficia desta exposição. É um exagero tratar o jornalista como um mero agitador social, pois a sociedade vive da informação que estes divulgam.
Mas é claro que existe, como em toda profissão, jornalistas que ultrapassam a ética, o bom senso e o limite do respeito. Mas quem passou por uma faculdade e jurou sob seu diploma honrar a profissão sabe que a seriedade de seu trabalho é o que faz toda a diferença.Dia 15 de abril, o Supremo Tribunal Federal irá continuar a discussão em torno da revogação dos 77 artigos da Lei de Imprensa, instrumento regulatório da profissão, que já está mais que defasado (do tempo da ditadura), e ao invés de ser revogado e passar a responder ao Código Civil, deveria ser atualizado. O jornal Estado de São Paulo divulgou em sua edição do dia 04 de abril um editorial, comentando esta importante questão.
Os ministros do STF parecem perdidos em quem atitude tomar na regulamentação da categoria, porque também adiou para uma data indeterminada a decisão sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Há de se ter muito cuidado quando se decide sobre o futuro da profissão alheia. Os ministros, apesar de estarem habilitados para julgar, tiveram que estudar muito para chegar aonde chegaram, e seria pelo menos ético respeitar mais os jornalistas e seu papel na sociedade.
Acima do que o interesse da iniciativa privada quer, deveria se respeitar o direito do jornalista em exercer o direito à livre expressão, porém que esta prática fosse mantida por quem se reponsabilizou à praticá-la e não decretar que qualquer pessoa com um mero curso técnico, ou nem isso, possa exercer o jornalismo.
Hoje é o dia do jornalista, e eu parabenizo a todos nós, que diariamente cumprem esta função imprescindível, e que não é nada fácil, sempre com muita coragem, ética, responsabilidade e com o mais importante, com a sua formação.
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