terça-feira, 21 de abril de 2009

Sem possibilidade de retorno

Tsc. tsc. Engana-se você se acha que seu sofrimento é maior do que os dos outros...


Hoje estou um pouquinho melancólica e quando meu coração aperta vou no blog da minha amiga virtual
Rita Apoena. E que bela notícia descobrir que ela irá publicar um livro (ÊÊÊÊ)!

Ela organiza as palavras de um modo tão lindo e terno que sempre me confortam. Beijo pra você Rita! Tomara que você lance seu belo livro aqui na nossa Feira do Livros de Porto Alegre, vou estar na fila de autógrafos, com certeza!






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Procura-se um amigo sozinho de andar discreto e gesto silencioso. Procura-se desesperadamente um amigo que saiba se aproximar de um passarinho.(...)





Se alguém encontrar o wilson e um livro - todo escrito à mão e feito artesanalmente - cuide deles com carinho, sim? Há em suas folhas, por onde deslizou a minha letra, uma delicada carícia.





O amor nos pequenos gestos
"Rita, eu não me lembro de muita coisa da minha infância, mas me lembro de um dia, eu tinha uns seis anos de idade, em que eu fui até a cozinha, e você me disse: 'Olha, não conte para as outras crianças para elas não ficarem chateadas, mas você é o amiguinho mais querido, o mais querido para mim!' Então, eu fiquei todo sorridente, carregando um segredo importantíssimo, o segredo mais importante da minha infância! E, às vezes, sabe, eu chegava a pensar, quando percebia que minha avó gostava mais da minha prima, e minhas tias, do meu outro primo: 'Isso não importa porque eu sei que a Rita gosta de mim'. É, eu sabia que você ficaria assim, surpresa. Às vezes, a gente nem imagina o quanto as nossas palavras significam para alguém."




Andei as ruas todas em silêncio, fazendo silêncio pelo lado de fora. Quando não quero que os meus pensamentos acordem as crianças do mundo, prefiro escrever uma carta sem muito ruído. Antes disso, chamei a minha avó. Ela só queria um abraço. Avós, na minha história, são pessoas que esperam o dia todo por um abraço. Abraços, na minha história, são técnicas de estourar, com o corpo, um balão cheio de vazios.




Quando você se sentir sozinho, pegue o seu lápis e escreva. No degrau de uma escada, à beira de uma janela, no chão do seu quarto. Escreva no ar, com o dedo na água, na parede que separa o olhar vazio do outro. Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo. E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas, pegue as palavras que lhe fizeram companhia e comece a lavar o escuro da noite, tanto, tanto, tanto... até que amanheça.






Alguns escrevem pela arte, pela linguagem, pela literatura. Esses, sim, são os bons. Eu só escrevo para fazer afagos. E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços. E estreitar distâncias. E encontrar os pássaros: há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Uns escrevem grandes obras. Eu só escrevo bilhetes para escondê-los, com todo cuidado, embaixo das portas.






Marcelinha, um beijo todo especial para ti amiga, te adoro, fica bem aí em São Francisco, Flórida, enfim, aonde estiveres!!! Saiba que em qualquer parte que você for, vai ter aqui na sua Porto Alegre, uma grande amiga que te cuida, torce por ti e te ama de coração. Seja muito feliz Floyd, veja como a vida é maravilhosa, com esses teus belos olhos verdes, que você merece demais!!!!


















Um comentário:

Marcela Mourão disse...

Amiga amada, obrigada pela lembrança! Te adoro muito!!!!!!
Beijos no coração!