É bom desmistificar o papo das drogas. É de se pensar no argumento de quem diz que a maconha é a porta de entrada para outras mais pesadas, como o crack e a cocaína, até porque todas elas são vendidas no mesmo lugar, o submundo da favela. Mas o mais hipócrita é que drogas muito mais perigosas são vendidas livremente, como o álcool por exemplo; e ninguém faz nenhum alarde contra, pelo contrário, a nossa cachaça brasileira é até cartão de visitas do país. O cigarro nem vou falar, porque daqui a pouco os politicamente corretos já estão fazendo campanha para proibir. Mas seja qual for a droga ou a substância que um indivíduo quiser consumir, na nossa atual sociedade a sua obtenção não implica nenhuma dificuldade.
O que é melhor? Baixar uma portaria proibindo, tornando crime o consumo, ou esclarecer a população? Quem é dependente químico sempre vai ser, seja qual for a substância. E a lei seca, alguém ainda se lembra dela?

Outra reportagem legal do mesmo caderno, traz Rita Lee, super tranquila, em uma fase de meditação e lançamento de seu pacote de CD e DVD ao vivo pela MTV. Em uma conversa franca e rara (ela só atende ao jornalistas por e-mail), a cantora de 61 anos disse uma frase que adorei. Ela revela que odeia termos que lê na mídia, tais como irreverente ou reinventar-se. "Isso é bobagem da Madonna, que bota uma roupa diferente e acha que se reinventou. Na real, a vida é uma reinvenção diária. A minha, pelo menos, tem sido assim." Ótima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário