
Acabou se tornando uma banalização a pessoa virar famosa, e isso torna as pessoas que são realmente famosas por terem realizado algo, banais. Você nem precisa ter realizado algo importante para ser alguém conhecido. Só se distingue algo diferente em meio aos comuns. Se todo mundo é interessante e merece destaque, então ninguém se destaca.

Antigamente a pessoa que era muito famosa tornava-se um mito, tal qual a sua importância, virava um ícone mundial. A época de Marilyn Monroe, Elisabeth Taylor, Rita Hayworth, Grace Kelly e Audrey Hepburn era muito mais glamurosa, o público sabia bem que aqueles eram artistas que tornavam-se conhecidos pois levavam à publico sua arte, tal como os artistas que pintam quadros ou os bailarinos, ou que se apresentam no teatro. Jimi Hendrix, Janis Joplin, os Beatles, Rolling Stones, todos grandes ícones da música, e a grandiosidade de sua fama se deve ao tamanho de seu talento, mas também por viverem em uma época de menos informação. A notoriedade é inerente a qualquer expressão ou manifestação, porém deve gerar o interesse público.

Acho que hoje se destaca quem quer permanecer incógnito. Porque o dia-a-dia de uma pessoa que nem precisa ser tão famosa pode-se acompanhar diariamente na internet, em programas e revistas sobre fofocas. O artista misturou-se com quem quer somente aparecer e deixou de ter a oportunidade de mostrar seu talento. É uma falta de dignidade mostrar a pessoa que se admira como ídolo em todos os momentos da sua vida. Na verdade, acredito que essa banalização vai ocasionar que o público em geral saiba filtrar a grande carga de informações que recebe e consiga selecionar o que mais lhe agrada. A democracia chegou na liberdade de expressão.
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