domingo, 8 de agosto de 2010

pais e filhos

Sempre quando há essas datas emblemáticas, como dia dos pais, eu penso em uma professora que eu tinha na faculdade, publicitária, que dizia que elas são somente ocasiões criadas para o consumismo, oportunidades em que lojas, anunciantes e todo esse mercado que o circunda aproveitam para lucrar. Não é nada absurdo o modo de ela pensar assim, mas eu vejo que talvez essas datas lembrem às pessoas que um dia na vida elas deveriam refletir sobre seu relacionamento com essa pessoa e decidir prestá-la uma homenagem. É um bom modo de chamar a atenção para isso, mas será que qualquer relacionamento, seja entre pai e filho, namorados, irmãos, ele não deveria ser trabalhado diariamente? Na verdade, datas como essa do dia dos pais funcionam mais naquelas familias tradicionais, aonde os pais não vêem os filhos por conta do trabalho, e naquele fim de semana resolvem se encontrar e mostrar a afeição um pelo outro, é até bacana. Mas me parece uma hipocrisia se não há uma relação boa entre ambos e nesse dia a gente tem que forçar uma situação, e fingir de conta que a vida é um comercial de margarina.



Eu só acho que se uma relação entre pai e filho é boa, ela vai ser evidenciada neste dia, mas se ela não é, ou inexiste, será mais um motivo para um afastamento ainda maior, agravado por um constragimento de não saberem o que dizer e nem como demonstrar carinho. Uma relação só flui se é trabalhada por ambas as partes e isso tem que ser cultivado todos os dias.





Então, você que tem um filho, que é pai, não espere pelo dia dos pais para ganhar um abraço dele. Faça isso todos os dias, converse com ele, se interesse pela vida dele, diga que o ama. Claro que isso também vale para os filhos. Isso é muito mais importante do que presentear com meias e gravatas.


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