
De fato, o que aconteceu mobilizou a opinião pública a exigir mais atenção para o assunto, pois o setor já vinha apresentando problemas desde o declínio, falência e venda da Varig. Depois desse período, a aviação brasileira não foi mais a mesma. Havia uma época em que a Varig era sólida, era uma companhia que oferecia conforto, qualidade e segurança aos usuários, sem cobrar mais por isso. Os gauchos tinham orgulho de ela ter sido fundada em Porto Alegre. Até ela quebrar, foi a única que se manteve por tanto tempo na ativa. Agora há várias empresas atuando e nem a própria Varig não é mais a mesma. Nenhuma dessas empresas hoje primam pelo controle de qualidade que a antiga Varig tinha. O mínimo que se pode oferecer a quem viaja de avião é a certeza de que ele não irá escorregar na pista e bater em um prédio.
Depois de um ano constatou-se que não foram informadas com precisão as condições da pista (escorregadia) aos pilotos no momento da aterrisagem, havia um problema mecânico no avião, mas bastava o airbus ter aterrisado em outro aeroporto, para que se evitasse a morte de tantas pessoas queridas, tantas vidas que morreram de uma forma tão violenta. Aqui em Porto Alegre, de onde o avião partiu, todos que eu conheço se relacionavam com alguém que era passageiro deste vôo. Eu mesma conhecia duas pessoas. Lembro que estava em casa, quando veio o plantão da Band transmitindo ao vivo uma cena de horror, para depois confirmar o nome de vários amigos que estavam no avião. A minha solidariedade às famílias da vítimas, e que o setor aéreo deixe um pouco de visar somente o lucro e se adeque ao melhor padrão de serviço, de consideração com o seu cliente, o passageiro, pois esse é sim, o mais importante.
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