terça-feira, 30 de setembro de 2008

A história de Amy



A trajetória de sucesso meteórico somado à complicada vida pessoal de Amy Winehouse já renderam a ela uma biografia que eu estou curiosa para ler. Aliás, lá li um pedacinho, que está disponível no site da MTV, que indicou a artista como uma das candidatas a ganhar o prêmio do VMB 2008 na categoria internacional.

É muito interessante o relato que traz a infância calma de uma menina judia (!) que cantava o tempo todo, de Gloria Gaynor a Frank Sinatra, este último cantor que o seu pai adora e costumava cantar em dueto com ela. A família era rodeada pela música, o pai cantor amador, o irmão o inflenciou a cantar aprendendo a tocar guitarra, e seus tios maternos eram músicos profissionais de jazz.

Mas do trecho inicial já se vê que teve sua vida muito marcada pelo mal-resolvido relacionamento dos pais, que culminou na infidelidade do pai e terminou com a separação. Esse episódio levou Amy a se liberar mais ainda, uma vez que nunca foi muito santa, para iniciar a trajetória de auto-agressão, e influenciou a primeira vez de Amy, aos 15 anos, com um rapaz que a maltratou e a traumatizou.

Para mim, são os depoimentos que marcam e pontuam o livro e o tornam muito rico.


"Acho que a fé é uma coisa que dá força. Acredito no destino e acredito que as coisas acontecem por algum motivo, mas não acho que exista necessariamente uma força mais elevada. Acredito muito no carma, no entanto. Há tantas pessoas grosseiras por
aí, e há as que não têm nem um amigo de verdade. E os relacionamentos com as pessoas — com a mãe, a avó, o cachorro — são as coisas que dão a maior felicidade na vida. Fora os sapatos e as bolsas." Amy



"Mesmo quando você era uma menina de cinco anos, de faces rosadas, cantando com uma escova de cabelo na frente do espelho, você era tão teimosa como uma mula. Lembra? Jamais conseguíamos que visse as coisas de um ângulo diferente do seu. Você podia jurar que o dia era noite e os céus ajudavam quem tentasse discordar. Você nunca foi uma filha rebelde, mas sempre teve uma vontade forte e idéias próprias — qualidades das quais seu pai e eu nos orgulhávamos. Você foi bem educada, tinha o senso de certo e errado e entendia os valores que sempre imprimimos em você como uma família. Mas nunca admitiu ser pressionada ou influenciada para fazer qualquer coisa que não a interessasse. Lembra aqueles dezembros, anos atrás, quando eu costumava envolver você em um grosso casaco de inverno? Eu a agasalhava e dava um beijo no seu nariz antes de você sair para brincar no frio. “Não se preocupe comigo, mamãe, vou ficar bem!”, você costumava rir. Mas, como qualquer mãe, é claro que eu me preocupava."
Carta aberta de Janis, mãe de Amy publicada no jornal News of the World, em 2007

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