segunda-feira, 29 de setembro de 2008

o voto não termina na urna

Política, desde os primórdios, sempre mobilizou a opinião pública, por se tratar da questão mais fundamental da sociedade. Como uma instituição deve se organizar para dar toda a estrutura necessária a seus indivíduos, para se viva bem de forma organizada e em harmonia, pelo menos deveria ser essa a idéia.





No próximo fim de semana vamos confirmar nosso voto. Como em cada período que marca este ciclo houve muitas promessas relativas, muita gente despreparada se lançando candidato, a cidade suja de tudo que é jeito. O que realmente importa que são as nossas necessidades básicas, continuam sem nenhuma solução prática. O que realmente muda é quem é eleito conquista estabilidade de emprego e foro privilegiado que difere do resto da população.

É muita hipocrisia pensar que os atuais candidatos podem mudar o atual quadro deste corrompido cenário da sociedade brasileira, onde não temos policiais nas ruas porque não há efetivo suficiente, nem armas, nem carros, nem colete de bala, nem salário que comporte a periculosidade da função que defendem. A violência está instituída, os bandidos estão há tempos equipados com armamento pesado, que supera de longe as sucateadas pistolas que a brigada possui. Não é incomum policiais fazendo bico para aumentar a renda ou até mesmo envolvidos em negócios ilícitos, mesmo que não queiram. É preciso se adequar ao sistema, para se manter vivo e poder sustentar a família.





A educação é outra questão primordial e também sofre com o tamanho descaso. As escolas vivem depredadas, saqueadas, sem nenhuma manutenção. Professores hoje em dia são heróis, pois só muito corajoso para ir todos os dias em uma escola pública ensinar um bando de adolescentes revoltados, quase marginais e ainda enfrentar pais sem noção que se acham no direito de colocar o dedo na cara, dizer barbaridades e fazer ameaças. A carga horária é enorme, o salário ridículo, não há atualização em metodologia de ensino, plano de carreira, nada disso. O que se faz com o professor hoje em dia está definhando essa tão linda profissão.


Quando assistimos o horário eleitoral, parece fácil resolver os nossos problemas. Mas se nem em reunião de condomínio as pessoas chegam a um consenso, será que em uma eleição seria tão fácil assim? Eu acho que o fácil não é escolher o candidato, aliás, isso hoje é uma tarefa dificílima. Mas o mais importante está no que se faz depois do voto. Cabe a cada um que vota cobrar de seu candidato fazer o que prometeu. Subir em um palanque e prometer é facílimo, ir lá e fazer, a história já é outra!!!






O voto é uma procuração, um compromisso sério. Quem exerce mandato recebe para estar lá. A cobrança deve ser feita com responsabilidade a gente deve acompanhar o que está sendo feito na câmara de vereadores, na prefeitura e no governo, na câmara nacional, no senado, na presidência. Hoje está muito mais fácil de acompanhar, cada poder tem sua mídia para prestar contas e todos os seus feitos, seja na internet, ou até na televisão. E a cobertura política hoje é bem mais transparente.


Analisando a disputa para a prefeitura de Porto Alegre, eu me pergunto: esse novo jeito de administrar a nossa cidade, que estão forçadamente nos empurrando, será mesmo 'o novo', ou é uma forma arrogante de dizer que o seu jeito é melhor que todos os outros, até mesmo melhor do aqueles que um dia já fizeram algo?



Pois é, acho que falta amadurecimento, falta aterrisar um pouquinho, falta sentir que não é tudo isso, e eu espero que não tenha que chegar até lá para se dar conta disso. Por que daí não vai dar para voltar atrás. Ser honesto não é uma virtude, é uma atitude normal.



Sabe, eu admiro Luciana Genro. Ela teve coragem de ser contra o PT e ser expulsa do partido por acreditar em suas idéias e ser contra toda a sujeirada que o Lula e sua turma fizeram. Ela tem coragem de ser contra seu pai, Tarso Genro, ministro do governo atual. E ela tem coragem de, em plena campanha eleitoral para prefeita, abraçar o seu pai Tarso na televisão.



Ela sem dúvida é uma mulher de fibra e está preparada para governar uma cidade, sem ser musa e sem precisar apelar.




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