O argumento usado pelos seis ministros que se posicionaram contra o curso superior é não se deveria exigir formação específica para jornalistas já que, na opinião deles, o exercício profissional não dependeria de conhecimentos específicos.
Eu só acho extremamente lamentável que estes magistrados, homens tão inteligentes, esclarecidos, estudados e maduros, tenham este posicionamento tão restrito. Um jornalista passa quatro anos em uma faculdade estudando sobre o processo da comunicação, sobre suas teorias, sobre linguagens, sobre semiótica, sobre estética, sobre português, sobre filosofia, sobre antropologia, entre muitas outras especialidades, sem falar nas tradicionais específicas fotografia, televisão, rádio, jornal, internet, assessoria. Paralelo a isso incorpora-se a leitura complementar, vasta e variada, para formar opinião e cultura.
Nossa faculdade pode ser carente de vários fatores, na verdade ela precisa se aprimorar muito para chegar ao um nível de ensino de qualidade, que forme profissionais aptos; mas chegar a dizer que qualquer pessoa pode ser jornalista é o mesmo que eu vir aqui no blog dizer que qualquer um pode ser juiz. É falta de ética, de decoro, e de cidadania.
Eu fico muito triste, pois está se pregando a falta de estudo neste país, a falta de qualificação, e é exatamente o contrário o que deveríamos incentivar. Já é um vencedor quem consegue se formar, e os nobres ministros querem fazer cair por terra esta conquista para os jornalistas.
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