sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Muito triste a tragédia que atingiu o time do Brasil de Pelotas, vitimando três pessoas e ferindo muitas outras em um capotamento do ônibus em que viajavam, voltando de um amistoso em Santa Cruz do Sul. A torcida xavante tomou conta do Estádio Bento Freitas, local do velório do jogador Régis Gouveia e do preparador de goleiros Giovani Guimarães. Agora, o futuro da equipe no Campeonato Gaúcho é incerto, mas por causa de uma imprudência do motorista do ônibus que levava os jogadores, o Brasil teve sua equipe seriamente desfalcada, perdeu de poder disputar o título e também chora a perda de um ídolo, o centroavante uruguaio Claudio Milar.

Relatos contam que o motorista não conseguiu vencer a curva e acabou fazendo o ônibus de dois andares despencar em um barranco, capotando várias vezes e caindo de cabeça para baixo. Não seria de se esperar de um motorista profissional uma conduta defensiva, de dirigir devagar, para preservar todas as vidas que estão sob a sua responsabilidade? Esse condutor não só assumiu o risco de colocar várias vidas em perigo - inclusive a dele - como ainda declarou abertamente a imprudência que cometeu. Ele disse que não conseguiu vencer a curva, mas se estivesse dentro dos limites de segurança isso não teria acontecido.

Os acidentes com ônibus na estrada em 2008 foram mais de 300, com 19 mortes, o que faz a opinião pública refletir se o problema não é mais amplo. Despreparo de motoristas, descritério na seleção das empresas de transporte e até mesmo uma falta de fiscalização sobre condições de trabalho dos condutores de ônibus são fatores que devem ser questionados, mas o principal é a concientização do motorista, de que dirigir seguro é melhor do que achar que vai chegar mais cedo dirigindo rápido. Por vários momentos de imprudência como essa de ontem, vários motoristas não chegaram.

Nenhum comentário: