quarta-feira, 18 de março de 2009

Sozinha no mundo

O Brasil se orgulha de ser o país do futebol. Pagamos altos salários para os jogadores que se destacam, que depois são exportados para a Europa; e os treinadores dos clubes que estão em evidência também costumam ser bem recompensados. Mas essa realidade se resume só à elite do futebol. Vejam que só neste país cobra-se R$ 120,00 reais em um ingresso de jogo de seleção brasileira, sendo que o salário mínimo custa R$ 465,00 e a qualidade dos estádios brasileiros são péssimas.




Na época da Olimpíada comentei exaustivamente aqui no blog sobre o pouco incentivo ao esporte brasileiro, sobre o descaso do Comitê Olímpico do país com seus atletas. Recentemente, foi dada a notícia de que os o Flamengo acabaria com a modalidade de ginástica artística, devido à grave crise financeira que enfrenta, desempregando atletas campeões mundiais, como Diego Hipólito, Danielle Hipólito e Jade Barbosa. A enorme torcida rubro-negra reclamou e o clube voltou atrás, reitegrando os atletas.







A ginasta Jade Barbosa, que também é atleta do Flamengo e da seleção brasileira, estava despontando no cenário da ginástica como revelação; porém, na última olímpíada ela descobriu possuir uma lesão rara, que pode abreviar a sua carreira, uma má circulação de sangue no osso do pulso direito. Foi recomendada a procurar especialistas nos Estados Unidos, devido à gravidade da lesão, mas por não ter condições financeiras, está custeando o tratamento com dinheiro do próprio bolso e do salário que recebe do Flamengo aqui no Brasil mesmo.







Vejam, que do COB, ela não recebe um único centavo ou ajuda. Aliás, eles só prejudicaram a vida de Jade. Na Olimpíada, a treinadora e o médico da comissão técnica forçaram a atleta a realizar um salto que forçou seu pulso e piorou seu estado de saúde, ignorando sua condição e fazendo pouco caso de suas dores. Jade afastou-se da seleção e seus colegas lamentam o afastamento.






Mas não há como tirar a razão da ginasta. Em quem confiar nesta hora? Só mesmo em alguém muito próximo, como o seu pai e empresário, César Barbosa, que a protege e atualmente lançou uma campanha no site oficial da atleta, vendendo camisetas(?) para arrecadar fundos para o dispendioso tratamento. É como matar um leão por dia. "Os exames e ressonâncias que ela faz são pelo convênio médico particular que fiz para ela. Agora, consultas, remédios, tudo isso sai do nosso bolso. É muito caro. Gastamos mais de R$ 600 por mês só em medicamentos. Fora outros custos. Jade é menor de idade. Não dirige e, por ser uma pessoa pública, não pode andar de ônibus. Por conta disso, gasta mais de R$ 1.000 por mês só de taxi", afirma César.







Que vergonha esse Comitê Olímpico Brasileiro e essa Confederação Brasileira de Ginástica Artística. Se não era para agirem imediatamente neste caso!!! Uma atleta com este talento, vai ser desperdiçada porque alguém deve achar que a Jade não vale a pena. Quando a Daiane se lesionou, fez cirurgia, tratamento e foi tratada de forma correta. Porque com a Jade está sendo diferente?












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