Fui ver nesse domingo o Black Swan, e que filme maravilhoso. Ele é impactante pela sua mensagem, pela fotografia noir, pela atuação de Natalie Portman e por tratar de questões que são tão inerentes à personalidade humana. Uma delas é a pessoa se boicotar por não acreditar em si mesma e nem em seu próprio talento, e como resultado dessa descrença, sempre procura em um culpado o álibi que justifica a nossa falta de atitude, de não podermos realizar nossos planos. E isso é muito mais comum do que se pode imaginar.
Tem duas frases que eu acho ótimas no filme. Uma delas fala que ninguém mais bloqueia nosso caminho do que nós mesmos e a outra diz que você pode tentar ser a pessoa mais técnica do mundo, porém o que te destaca é deixar a coisa fluir, a emoção rolar.
E outra questão que eu achei muito interessante é como uma pessoa muito reprimida pode ser tão perigosa, inclusive para si mesmo. Sempre é bom não nos levarmos tanto a sério e procurarmos relaxar, tanto na vida quanto na profissão.
E tem mais uma coisa: claro que Natalie Portman leva o oscar de melhor atriz brincando, mas eu quero ver a academia condecorar um filme tão obscuro como Black Swan, eu iria gostar de ver isso.
2 comentários:
Eu já estou louca para ver esse filme. Agora lendo teu post sobre, deu mais vontade ainda! ;)
Sou publicitário e queria acrescentar que o conflito de personalidade da personagem não se limita apenas ao roteiro (cisne branco e cisne negro, prisão e liberdade), mas também à direção de arte. Praticamente todas as roupas, cenários, objetos etc são mostrados nas cores branco e/ou preto mostrando uma ligação muito legal entre forma e conteúdo. Além disso, a claustrofóbica câmera quase sempre em close aumenta gradualmente a pressão que inevitavelmente leva o expectador ao desfecho da trama. Um bom cult movie.
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