Tudo começou a repressão da polícia à Marcha da Maconha, que foi realizada semana passada, também em São Paulo. Embora os participantes alegassem que era uma manifestação pacífica, houve agressão com gás lacrimogênio e bombas, tal como se fosse uma guerra. Os dois eventos foram proibidos de acontecer por decisão judicial.
Qualquer forma de cercear a opinião pública e o livre direito da manifestação social na verdade é um tiro no pé. No caso da legalização da maconha, parece que quem simplesmente defende esse assunto acaba por assumir um status de usuário da droga e isso não é verdade. Há muitas pessoas que defendem a legalização da maconha, para que se perca o teor ilegal que ele possui, e assim diminuir a influência sobre o tráfico de drogas no país. Há também inúmeros estudos que comprovam o uso medicinal da maconha e seus benefícios que endossam alguns argumentos. Se seu uso fosse regulamentado, tal como é feito com a nicotina, uma substância muito mais maléfica a saúde, seria um problema a menos.
O fato é que a reação à Marcha da Maconha acarretou em uma vontade da população brasileira ter mais voz ativa na sociedade e sair às ruas para defender o direito à opinião e de defender suas causas, sejam elas quais são. E isso é a beleza de vivermos em um país democrático: o direito assegurado pela constituição de não ser perseguido pelas suas ideias, tal como foi o poeta Gil Scott-Heron, que faleceu na última sexta-feira e acabou sendo homenageado na Marcha pela Liberdade.
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