domingo, 26 de abril de 2009

Os grandes planos de Leonardo


O ex-jogador de futebol Leonardo, atual dirigente do Milan, concedeu entrevista a Galvão Bueno, exibida neste domingo no Esporte Espetacular.







Entre muitas revelações, ele conta que sofreu uma emblemática crise dos trinta quando deixou a seleção brasileira que o fez repensar sua vida e carreira, afirmou considerar que o comércio de jogadores de futebol atualmente, da forma que está sendo feita nada mais é do que um ato de prostituição, e confessa ter grandes pretensões no futebol. Entre os planos de Leonardo está o de se tornar um gestor do esporte, e considera inclusive ter um cargo na CBF.



Concordo com Leonardo em vários pontos de suas declarações, mesmo que para alguns pareçam polêmicas. Ele disse que o Brasil precisa de um plano global e consistente, que considere o futebol como negócio. E realmente, o futebol brasileiro, se não passar por uma reengenharia, irá acabar falindo.



O parâmetro para os clubes deveria ser de formar gestores, que empreenderiam seriedade e tratariam clubes como grandes entidades coorporativas do esporte, e não mais clubes sócio-recreativos. A figura do dirigente deve ser urgentemente modificada para a figura do gestor, como pensa corretamente Leonardo, e os campeonatos deveriam ter um planejamento sério e com foco comercial.






Em várias modalidades, como baseball, futebol americano, basquete, e até o futebol europeu essa prática é utilizada, parcerias são estabelecidas com grandes empresas; investe-se no conforto do torcedor e em grandes transmissões da mídia. Quem cuida de tudo isso são pessoas que pensam no clube como um negócio e não como seu time do coração. Há muito tempo não há mais espaço para o amadorismo que ainda rege o futebol brasileiro, pois o Brasil é o país mais importante na divulgação do futebol.

Acredito nas idéias de Leonardo, acho que ele é bem relacionado para conseguir praticar o que tem em mente e também acho que ele está se preparando da maneira correta; fazendo curso de treinador e com uma já bem sucedida experiência em um cargo executivo no Milan. Tomara que ele consiga implantar aqui essa mudança de pensamento, que só contribuiria para a evolução do futebol no nosso país.

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